Um Quarto de Mim

“Marta vive sozinha, mas nunca está só.
Diagnosticada com o transtorno dissociativo de identidade, Marta leva-nos numa viagem pelos vários quartos da sua casa e pelos alters que habitam no seu corpo convidando-nos assim, a fazer uma analogia entre o transtorno dissociativo de identidade e a condição humana.
Afinal, quantas pessoas podem viver no mesmo corpo? Quantas versões de nós mesmos podemos ter ainda que não tenhamos o diagnóstico de Marta?”

2021
NIFF LONDON – New Indie Film Festival – Londres (Reino Unido)
Swindon Independent International Film Festival – Swindon (Reino Unido) – Finalista e Nomeação
Copper Coast International Film Festival – Swansea (Reino Unido) – Semi-finalista
One Shot Terrassa City of Film – Barcelona (Espanha) – Melhor Filme e Menção Honrosa para a actriz
Take Único Film Fest – Minas Gerais (Brasil)
Boden International Film Festival – Boden (Suécia) – Finalista
One Take Film Festival – Zagreb (Croácia)
3in1 Film Fest – Almeirim (Portugal) – 2.º Melhor Making-of
Stockholm City Film Festival – Estocolmo (Suécia) – Semi-finalista

“Um Quarto de Mim, surgiu inicialmente da vontade de abordar a categorização do ser humano, as emoções e estados de espírito.
Considerei que a ideia estava desinteressante e como sempre gostei de psicologia comecei à procura de transtornos menos conhecidos. Encontrei então o transtorno dissociativo de identidade.
Depois de uma grande investigação acerca do mesmo, de vários relatos e entrevistas que também fiz, percebi que existiam tipos de personalidade comuns neste transtorno e que cada um tem as suas funções.
Desta forma, conseguia atribuir também emoções/estados de espírito predominantes a cada uma delas.
É comum o ser humano categorizar-se pelo tipo de comportamentos que tem, no entanto e à semelhança das pessoas que têm este transtorno, determinados acontecimentos podem desencadear em nós uma atitude que em circunstâncias normais, não teríamos.
O filme dá assim material ao espectador para que o mesmo possa aprender sobre o transtorno dissociativo de identidade fugindo aos estereótipos, e para que possa também refletir sobre ele próprio.
Até que ponto é que nós também não temos ou já tivemos várias versões de nós próprios?
Até que ponto é que conhecemos realmente uma pessoa? E a nós?”
(Ana Domingues)